domingo, 30 de novembro de 2008

Blog SDC Entrevista: Crombie


Crombie foi uma das agradáveis surpresas pra quem esteve no Som do Céu 2007. Uma banda de garotos, amigos, fazendo música de gente grande. Abaixo, você desfruta de uma entrevista feita exclusivamente para o blog do Som do Céu 2009:

Blog SDC: Olá, Crombie! Como vocês se conheceram e como o grupo começou?
Crombie: Olá, gente! Bom, nós somos amigos há bastante tempo, acho que nem lembramos quando exatamente nos conhecemos. Brincamos muito e jogamos bola no pátio da Igreja Presbiteriana Betânia, em Niterói, onde crescemos juntos.
O grupo começou sem a gente perceber direito. Resolvemos por acaso mostrar, entre a gente, idéias de música que tinhamos guardadas e não mostrávamos pra ninguém. Letras, melodias, idéias pensadas no violão... Percebemos, então, que pensávamos parecido e tínhamos gostos semelhantes, além da fé em comum. Com isso, em 2006, começamos a tocar juntos pra experimentar nossas idéias... desde então, tivemos oportunidade de tocar pra amigos e pra pessoas que começaram a nos incentivar a continuar.

Blog SDC: Como está sendo essa caminhada, tocando dentro e fora do meio evangélico? A recepção do público é muito diferente?
Crombie: Tem sido muito bom. Quando pensamos em música e no desafio de tocar idéias nossas, achamos muito natural e importante a motivação de não limitar os espaços. Temos a pretensão de pensar canções que foquem as pessoas e suas necessidades, sem olhar necessariamente, prioritariamente, o meio no qual elas estão inseridas. Não abrimos mão da nossa fé e acreditamos que ela está presente de forma expontânea nas nossas composições, mesmo que isso não seja evidente no primeiro acorde ou nas palavras que usamos. A receptividade não é muito diferente. Vemos, com tranquilidade, gente que se agrada e gente que não gosta, tando dentro quanto fora da igreja. Percebemos também a curiosidade despertada principalmente nas pessoas que não tiveram um encontro transformador com Deus.

Blog SDC: Quais são suas grandes influências?
Crombie: Nossa observação, nossas histórias, nossa amizade, o convívio com as pessoas, nossas leituras, a bíblia. Sempre ouvimos muita música também, desde pequenos, e nossas grandes influências estão presentes, predominantemente, na música popular brasileira. Falando musicalmente, somos influenciados por Gilberto Gil, Clube da esquina, João Alexandre, Gerson Borges, Lenine, Josué Rodrigues, Vencedores, Jorge Camargo, Los Hermanos, Carlinhos Veiga, Expresso, dentre outros. É uma misturada doida! Música é assim. De lá de fora do Brasil, ouvimos Ben Harper e, ultimamente, Richard Bona, dentre outros.

Blog SDC: Como vocês classificam a música de vocês?
Crombie: Esses dias estamos participando de um festival que nos classificou como MPB. Mas ja fomos enquadrados também, em outros festivais, como Rock Pop. Isso é muito doido, né? Achamos dificil classificar. Nos preocupamos em tocar aquilo que nos faz bem, desejando abençoar às pessoas que nos ouvem... pedimos a Deus que nos use dessa forma.

Blog SDC: O que vocês pensam sobre este momento vivido pela igreja, com esta supervalorização da música em detrimento à palavra? E qual é a reação de vocês ao ver as loucuras feitas por alguns crentes em cima de um palco ou púlpito?
Crombie: Achamos muito ruim e ficamos preocupados. Precisamos orar mais por isso. Paralelamente à oração, pensamos e acreditamos que a melhor reação a tudo isso, no nosso caso, seja: nos mantermos sempre fiéis e atentos a palavra, buscando lucidez e coerência entre o que falamos e vivemos, no palco, no púlpito, no ônibus, no trabalho, seja onde for. E quem está de pé cuide para não cair. O Senhor é quem nos mantém firmes e com o foco certo.

Blog SDC: Cite uma lembrança marcante de algum momento vivido no Som do Céu.
Crombie: O primeiro Som do Céu a gente nunca esquece. Há anos atrás chegamos no acampamento pela primeira vez e nos deparamos com esse ambiente contagiante que só quem já foi entende. Alguns anos mais tarde, a experiência de tocar lá pela primeira vez também foi surpreendente pra nós. Fomos muito bem recebidos e nos sentimos muito abençoados.

Blog SDC: Quais são os próximos planos do Crombie?
Crombie: O próximo plano é gravar outras canções que temos composto e que não entraram no primeiro CD, chamado “PORENQUANTO” (2008). Planejamos o segundo pra 2009.

Blog SDC: Vocês podem nos dizer algo sobre a importância de um evento como o Som do Céu completar 25 anos ano que vem?
Crombie: Nós ficamos muito gratos a Deus e nos sentimos presenteados por Ele, junto com todo mundo que tem sido alcançado pelos frutos preciosos deste trabalho. Um referencial, um porto seguro em meio a tanta coisa que temos visto por aí. 25 anos de um projeto inspirado por Deus, demonstração evidente do Seu Cuidado e do Seu Amor por nós.

Blog SDC: Deixem um recado para as pessoas que estarão lá no SDC ano que vem.
Crombie: Galera, quem já foi pode imaginar, quem nunca foi fique sabendo; serão dias imperdíveis. Que bom vai ser a gente se encontrar por lá. Que Deus nos permita. Até breve!

Para conhecer um pouco mais a Crombie, ver agenda de shows e ouvir algumas múicas, entre no MySpace dos caras: http://www.myspace.com/crombies

Som do Céu no Orkut


Há mais ou menos 3 anos o Sérgio e a Marivone, do Baixo & Voz, começaram uma comunidade do Som do Céu no Orkut. Se você faz parte dessa rede de relacionamentos, entre lá! Sempre tem algumas dicas de shows, de textos, e claro, bate-papo sobre o Som do Céu! Vale a pena!

Pra conhecer e fazer parte desta comunidade, clique AQUI.

Paulinho Marotta e a música de Rebanhão

Paulinho Marotta foi o baixista do Rebanhão, banda que revolucionou o cenário da música cristã no Brasil. Rebanhão fazia rock, pop, tocava baladas, e com as letras mais que inspiradas de Janires. Eles foram peça fundamental para o surgimento do chamado "Movimento Gospel" - que depois tomou um rumo bem diferente do que se esperava.

Conversar com o Paulinho é não ver o tempo passar. Relembrar as "loucuras" de Janires, a reação dos novos públicos, as dificuldades de produzir e de lançar um disco, as longas viagens, as bençãos...
Mas conversar com ele também é perceber um homem que tinha e ainda tem o coração no lugar certo. Perceber a humildade e a paixão de alguém que trabalhava com a visão de Reino. Conversar com o Paulinho é aprender - muito - sobre o ministério cristão.

Há alguns anos o Paulinho parou de se dedicar exclusivamente para a música. Hoje ele é engenheiro - além de executar a recente função de papai da Raquel. Mas, assim como a grande maioria dos nomes que passam por ese blog, seu nome já está, pra sempre, gravado na história.

No Som do Céu 2009 o Paulinho vai nos alegrar fazendo uma apresentação especial com as músicas do Rebanhão. E a gente já pode curtir um pouquinho, como aperitivo, do que vai acontecer lá. Dê uma olhada no vídeo que segue abaixo. Durante um passeio em Itabira, cidade onde hoje mora o Paulinho com sua esposa, Leca (que também é uma excelente musicista, e marcou uma geração com a banda Servos), encontramos uma casinha branca. Era a casa da família de Carlos Drummond de Andrade. E nesse cenário tão bonito e poético, vem à memória a música "Casinha", gravada pelo Rebanhão:

Atrás deste monte tem uma cidade
Com casinhas brancas, casarões, moças nos portões,
Velhos nas janelas, e a velha Maria fumaça,
Descansa na praça escutando a bandinha,
Tocar valsas e canções nos corações dos jovens namorados.

Atrás deste fumaça tem uma cidade,
Com crianças no meio da rua,
Brincando com a lua contando segredos
E os velhinhos nos bancos de jardins assistem
Ao fim de mais uma tarde.

Atrás deste monte tem uma realidade
Casinhas brancas, pichadas palavrões, pecados nos portões,
Fracassos nas janelas, e a velha Maria fumaça,
Assiste as desgraças no meio da praça e a bandinha,
Faz um fundo musical a mais um funeral
De quem cansou de viver.

Atrás deste fumaça tem uma realidade,
Policias e ladrões, trancas nos portões,
grades nas janelas,
E os velhinhos bêbados nos bancos
de jardins assistem seu fim.

Atrás deste mundo tem uma cidade
Jesus quem construiu quando subiu
Naquela cruz e o caminho nos ensinou
O amor, é o amor.

Com a companhia de Erlon, da Banda MPC, Paulinho Marotta tocando "Casinha". Aproveite!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Blog SDC Entrevista: Jorge Rehder

Um artista disfarçado de dentista.

É esse sentimento que todos nós que não somos pacientes do Jorge em seu consultório de periodontia alimentamos, cada vez que cantamos uma de suas canções.

Quem o conhece pessoalmente entende muito bem como ele consegue exercer atividades tão distoantes como dentista e cantor - ou ainda pastor. Quem o conhece sabe que sobre este pequeno grande homem existe uma benção especial de Deus. Sabe que esse talento enorme é equilibrado por um coração enorme. E esse coração o transforma em um pastor cuidadoso, em um amigo presente, em um artista sensível, em um pai companheiro...

Gastar um tempo com o Rehder é sempre algo prazeroso. O homem é realmente uma simpatia. Ele nos atendeu com muita alegria para essa entrevista, que você confere abaixo:

Blog SDC:Olá, Rehder! Há quantos anos você está envolvido com a música cristã?
Rehder: desde 1973, no início com um grupo musical de jovens na Igreja Metodista em São Paulo.

Blog SDC: Você se lembra qual foi a primeira música que você compôs?
Rehder: foi um xote-“Canto à felicidade”

Blog SDC: Como você se sente em saber que as suas músicas são tocadas na maioria das igrejas do país?
Rehder: O que um compositor mais gosta é de poder mostrar o seu trabalho, ser reconhecido. Na realidade somos todos carentes e precisamos de encorajamento. O meu sentimento é de gratidão a Deus por me usar neste ministério, apesar das minhas fragilidades e limitações, só Deus mesmo.

Blog SDC: Quais foram seus grandes parceiros de composição?
Rehder: Guilherme Kerr, Jorge Camargo e Nelson Bomilcar.

Blog SDC: O que você pensa sobre este momento vivido pela igreja, com esta supervalorização da música em detrimento à palavra? E qual é a sua reação ao ver as loucuras feitas por alguns crentes em cima de um palco ou púlpito?
Rehder: A música realmente está supervalorizada, o que não significa que tenha mais qualidade, vejo que a maioria das comunidades usam músicas com melodias pobres e harmonizações fáceis, não há empenho para uma musica mais elaborada ( é mais fácil ). A letra é voltada na maioria das vezes para a tal da teologia da prosperidade, isto reflete no estilo de vida das pessoas, fazendo com que vivam um cristianismo utilitário e num relacionamento superficial com Deus. Com relação as loucuras no palco ou púlpito minha primeira reação é de espanto, daí vou absorvendo o fato e fico envergonhado, daí passa mais um tempo começo a ficar bravo e me pergunto: “ porque ninguém toma uma providência, principalmente eu?, passa mais um tempo começo a entender que preciso orar mais, estudar mais a bíblia, ter relacionamento profundo com meu Senhor, discipular e influenciar de alguma forma a minha geração, o problema é que as vezes me sinto cansado, de remar contra a maré, mais vale a pena, não desisti, tenho esperança.

Blog SDC: Quais foram suas grandes influências ?
Rehder: na área de arte musical: Ivan Lins, Marcos Vale, Queen, Elomar, Boca Livre.

Blog SDC: Você pode nos dizer algo sobre a importância de um evento como o Som do Céu completar 25 anos ano que vem?
Rehder: A realidade é que o Som do Céu, não é mais um evento, passou a ser um ajuntamento de irmãos revelador das visões do Reino de Deus através das artes. A importância está na capacidade desse encontro de encorajar, fortalecer, renovar compromissos e desencadear mudanças.

Blog SDC: Deixe um recado para as pessoas que estarão lá no SDC ano que vem.
Rehder: Pra todos nós que vamos estar no SDC 2009 que seja a oração e o esperar no Deus que surpreende e que lá a gente fique atento e perceba claramente o vento do Seu Espírito naqueles dias nos direcionando para algo mais ousado, por que não?


Novas Bandas: Sondafé


A banda Sondafé tem sua origem na formação de uma banda composta por membros da juventude da Igreja Presbiteriana de Brasília que queriam se envolver nos grupos de louvor da igreja. Isso foi há uns oito anos atrás. Alguns jovens, com pouca experiência musical, mas muita vontade de servir a Deus e aos irmãos, se juntaram e formaram um grupo que tocava nos cultos da juventude nos sábados à noite. No início, seus componentes eram jovens que estavam há pouco tempo se aventurando no meio musical, mas, desde o inicio de seus estudos, já demonstravam o talento necessário para se fazer música. O grupo foi crescendo dentro da Igreja Presbiteriana de Brasília e, quando seus componentes perceberam, já estavam envolvidos em todas as atividades musicais da igreja e em várias frentes de trabalho.

Em certo momento, após algumas mudanças na formação do grupo, outras pessoas (que não eram da Igreja Presbiteriana de Brasília) começaram a convidar a banda para participar de certas atividades em outras igrejas, clubinhos bíblicos, impactos evangelísticos, festivais de música e etc. Como a banda passou a ter essa projeção para fora da igreja de origem, foi necessária a escolha de um nome para a banda. Foi escolhido, então, o nome Sondafé. Esse nome tem mais de um significado. A impressão que o nome passa, quando é escutado pela primeira vez, nos remete ao som que é produzido pela fé. O som que vem pela adoração ao Deus verdadeiro. Seu sentido se encaixa dentro do que está escrito em Salmos capítulo 96: “Cantem ao Senhor, bendigam o seu nome; cada dia proclamem a sua salvação! Anunciem a sua glória entre as nações, seus feitos maravilhoso entre todos os povos!”. A segunda impressão que passa quando vemos o nome da banda escrito é causado pela letra “N” no lugar da letra “M” que caracterizaria “som”. Quando forma-se a palavra “sonda”, nos referimos àquele que sonda o nosso interior e sabe dos anseios e desejos de cada um. Portanto, o nome tem significados diversos... e muita gente ainda sugere outros significados. Todas as sugestões são bem-vindas!


O grupo, atualmente possui a seguinte composição: Lara Carrijo – voz, Filipe Moura – sax, Duty (vulgo Lucas Filgueira...) – guitarras e violão, Matheus Inácio – teclados, Pedro Veiga – baixo elétrico e Lucas Inácio – bateria e vocais. O estilo básico da banda é o soul-funk americano. Mas as influências musicais dos componentes do grupo são diversas. Pop, funk, soul, hip-hop, black music, rock, samba, baião, música regional brasileira… muitas influências! Mas essa heterogeneidade de influências acaba criando um som diferente, bastante alegre e muito vivo. Nossas letras são simples, diretas e têm a clara intenção de evangelizar a juventude que gosta do nosso estilo de música.


Não temos a intenção de ser um grupo “americanizado” que pega os modelos criados nos EUA ou na Europa e tenta implantar tais moldes, estranhos ao Brasil, nas igrejas. Não pensamos assim. E menos ainda, negamos nossa brasilidade e tentamos parece estrangeiros. De maneira alguma! Acreditamos que a música permite essa possibilidade de criação e re-criação de estilos musicais que recebem interferências diversas. O que tentamos fazer é sintetizar todas as influências que recebemos no nosso estilo de tocar e cantar. E a nossa intenção maior é servir a Deus com nossos dons e talentos, servindo, também, aos nossos irmãos com a música.


Quem quiser conhecer mais sobre a banda, entre em nosso site: www.bandasondafé.com


Obrigado por essa leitura e, se Deus quiser, nos encontramos no Som do Céu em 2009!


Um abraço,

Pedro Veiga (baixista da banda Sondafé).

Segue agora o trailer do DVD da banda SondaFé, lançado em maio/2007: