Jorge Camargo é um excelente músico. Sua voz, inconfundível e suave , encaixam como uma luva em seu bem tocado violão. Além disso, Jorge é também um grande poeta. Suas composições nos ensinam que, ao contrário do que se vê hoje na maioria das igrejas, métrica, melodias e rimas podem sim caminhar juntas.
Recentemente, ele fez uma participação muito legal no programa PLATAFORMA. Para assistir, clique AQUI. (na seção Arquivo, clique em Jorge Camargo). Neste programa você pode conferir uma de suas músicas, e comprovar o que foi dito no parágrafo anterior.
Jorge, que também é escritor e tradutor, está com um site muito legal na internet, o www.jorgecamargo.com.br. Nele você confere a sua discografia, fotos, e ainda lê alguns textos muito interessantes que Jorge publica em seu blog.
As mesmas idéias claras e equilibradas que você lê em seus textos estão aqui nesta entrevista exclusiva para o blog do Som do Céu 2009, como você pode conferir abaixo:
Blog SDC: Olá, Jorge! Há quantos anos você está envolvido com a música cristã? De quais grupos você já participou?
Jorge Camargo: Eu comecei a tocar aos 13 anos de idade, e aos 18 participei de minha primeira gravação com o grupo Vencedores por Cristo. Já se vão 27 anos.
Além dos Vencedores, participei também do Grupo Semente (1982-1987).
Blog SDC: Suas composições são conhecidas – e admiradas em todo o Brasil. Podemos sempre perceber um cuidado muito grande com a poesia e a métrica nas suas músicas. Você acha que essa preocupação está sendo deixada de lado nas composições desta nova geração de músicos evangélicos?
Jorge Camargo: Penso que há muita desinformação. Assim como há músicos que não possuem qualquer conhecimento técnico, há também letristas totalmente intuitivos. Ocorre que tanto no caso dos músicos quanto dos letristas, conhecimento técnico e de ferramentas musicais e literárias pode auxiliar e muito na qualidade das obras artísticas. Nesse sentido, observo uma enorme falta de conhecimento e informação sobre esses recursos.
Blog SDC: Você pode citar alguns discos que marcaram sua história musical?
Jorge Camargo: MPB: Chico Buarque (1977); Ópera do Malandro (1978); O Grande Circo Místico (1985); Novo Tempo – Ivan Lins (1980); Clube da Esquina II (1978); Sentinela (1979); Caçador de Mim (1980); Ânima (1982) – Milton Nascimento, entre muitos outros.
MPB Cristã: De Vento em Popa (1977); Tanto Amor (1980) Vencedores por Cristo; Pescador (1983).
CCM: For Him Who Has Ears To Hear (1977); No Compromise (1978) Keith Green; Todos do Phil Keaggy, John Michael Talbot, Michael Card, entre outros.
Blog SDC: Qual a importância das outras formas de arte (literatura, pintura) para a formação artística de um músico. E se tratando de um músico cristão, isso não deveria ter um peso ainda maior?
Jorge Camargo:Penso que toda forma de arte é importante para qualquer pessoa. A arte é um meio de conexão com o transcendente, com aquilo que está para além de nós. Por isso as artes, desde os primórdios da humanidade estarem conectadas com a religião. Devemos apreciar e valorizar toda forma de arte, em prol de nossa sanidade.
Blog SDC: O que você pensa sobre este momento vivido pela igreja, com esta supervalorização da música em detrimento à palavra? E qual é a sua reação ao ver as loucuras feitas por alguns crentes em cima de um palco ou púlpito?
Jorge Camargo: A centralização da Palavra é uma herança eminentemente protestante. Na Idade Média a maioria da população era analfabeta e os ícones desempenhavam um papel importante na comunicação do evangelho.
O que a gente observa hoje é uma banalização da mensagem, tanto na música como na pregação.
Quanto às “viagens” que a gente assiste, elas fazem parte da nossa condição humana que, nas igrejas, a gente tenta varrer pra baixo do tapete.
Blog SDC: O que você tem escutado e lido ultimamente?
Jorge Camargo: Eu tenho escutado Dory Caymmi (Contemporâneos), The Manhatan Transfer (Brasil), Ivan Lins (Acariocando), Mônica Salmaso (Noites de Gala, Samba na Rua), Madeleine Peyroux, Toninho Horta, etc.
As leituras passam pelas traduções que tenho feito: Brian Manning, Henri Nouwen, Eugene Peterson, além de Saramago, Fernando Pessoa, Drummond, etc.
Blog SDC: Você pode nos dizer algo sobre a importância de um evento como o Som do Céu completar 25 anos ano que vem?
Jorge Camargo: Eu sempre vi e vejo o Som do Céu como mais do que um evento. Pra mim é um encontro de amigos, uma oportunidade de recarregar as baterias, de viver um pouco do que seja comunhão, comunidade. Estou muito contente de poder retornar depois de tanto tempo.
Blog SDC: Deixe um recado para as pessoas que estarão lá no SDC ano que vem.
Jorge Camargo: O meu recado é: que a diversidade musical e artística do Som possa ampliar os nossos horizontes de fé, de compreensão do mundo, possa nos tornar mais tolerantes, menos presunçosos em relação às nossas convicções religiosas, para que nos tornemos mais naqueles que servem, e menos naqueles que são servidos.
Recentemente, ele fez uma participação muito legal no programa PLATAFORMA. Para assistir, clique AQUI. (na seção Arquivo, clique em Jorge Camargo). Neste programa você pode conferir uma de suas músicas, e comprovar o que foi dito no parágrafo anterior.
Jorge, que também é escritor e tradutor, está com um site muito legal na internet, o www.jorgecamargo.com.br. Nele você confere a sua discografia, fotos, e ainda lê alguns textos muito interessantes que Jorge publica em seu blog.
As mesmas idéias claras e equilibradas que você lê em seus textos estão aqui nesta entrevista exclusiva para o blog do Som do Céu 2009, como você pode conferir abaixo:
Blog SDC: Olá, Jorge! Há quantos anos você está envolvido com a música cristã? De quais grupos você já participou?
Jorge Camargo: Eu comecei a tocar aos 13 anos de idade, e aos 18 participei de minha primeira gravação com o grupo Vencedores por Cristo. Já se vão 27 anos.
Além dos Vencedores, participei também do Grupo Semente (1982-1987).
Blog SDC: Suas composições são conhecidas – e admiradas em todo o Brasil. Podemos sempre perceber um cuidado muito grande com a poesia e a métrica nas suas músicas. Você acha que essa preocupação está sendo deixada de lado nas composições desta nova geração de músicos evangélicos?
Jorge Camargo: Penso que há muita desinformação. Assim como há músicos que não possuem qualquer conhecimento técnico, há também letristas totalmente intuitivos. Ocorre que tanto no caso dos músicos quanto dos letristas, conhecimento técnico e de ferramentas musicais e literárias pode auxiliar e muito na qualidade das obras artísticas. Nesse sentido, observo uma enorme falta de conhecimento e informação sobre esses recursos.
Blog SDC: Você pode citar alguns discos que marcaram sua história musical?
Jorge Camargo: MPB: Chico Buarque (1977); Ópera do Malandro (1978); O Grande Circo Místico (1985); Novo Tempo – Ivan Lins (1980); Clube da Esquina II (1978); Sentinela (1979); Caçador de Mim (1980); Ânima (1982) – Milton Nascimento, entre muitos outros.
MPB Cristã: De Vento em Popa (1977); Tanto Amor (1980) Vencedores por Cristo; Pescador (1983).
CCM: For Him Who Has Ears To Hear (1977); No Compromise (1978) Keith Green; Todos do Phil Keaggy, John Michael Talbot, Michael Card, entre outros.
Blog SDC: Qual a importância das outras formas de arte (literatura, pintura) para a formação artística de um músico. E se tratando de um músico cristão, isso não deveria ter um peso ainda maior?
Jorge Camargo:Penso que toda forma de arte é importante para qualquer pessoa. A arte é um meio de conexão com o transcendente, com aquilo que está para além de nós. Por isso as artes, desde os primórdios da humanidade estarem conectadas com a religião. Devemos apreciar e valorizar toda forma de arte, em prol de nossa sanidade.
Blog SDC: O que você pensa sobre este momento vivido pela igreja, com esta supervalorização da música em detrimento à palavra? E qual é a sua reação ao ver as loucuras feitas por alguns crentes em cima de um palco ou púlpito?
Jorge Camargo: A centralização da Palavra é uma herança eminentemente protestante. Na Idade Média a maioria da população era analfabeta e os ícones desempenhavam um papel importante na comunicação do evangelho.
O que a gente observa hoje é uma banalização da mensagem, tanto na música como na pregação.
Quanto às “viagens” que a gente assiste, elas fazem parte da nossa condição humana que, nas igrejas, a gente tenta varrer pra baixo do tapete.
Blog SDC: O que você tem escutado e lido ultimamente?
Jorge Camargo: Eu tenho escutado Dory Caymmi (Contemporâneos), The Manhatan Transfer (Brasil), Ivan Lins (Acariocando), Mônica Salmaso (Noites de Gala, Samba na Rua), Madeleine Peyroux, Toninho Horta, etc.
As leituras passam pelas traduções que tenho feito: Brian Manning, Henri Nouwen, Eugene Peterson, além de Saramago, Fernando Pessoa, Drummond, etc.
Blog SDC: Você pode nos dizer algo sobre a importância de um evento como o Som do Céu completar 25 anos ano que vem?
Jorge Camargo: Eu sempre vi e vejo o Som do Céu como mais do que um evento. Pra mim é um encontro de amigos, uma oportunidade de recarregar as baterias, de viver um pouco do que seja comunhão, comunidade. Estou muito contente de poder retornar depois de tanto tempo.
Blog SDC: Deixe um recado para as pessoas que estarão lá no SDC ano que vem.
Jorge Camargo: O meu recado é: que a diversidade musical e artística do Som possa ampliar os nossos horizontes de fé, de compreensão do mundo, possa nos tornar mais tolerantes, menos presunçosos em relação às nossas convicções religiosas, para que nos tornemos mais naqueles que servem, e menos naqueles que são servidos.
2 comentários:
qdo vai começar a inscrição p o sdc e qual ovalor :??
abs
Davi.
as informações já estão disponíveis no blog!
Abraços
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