terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Sentido do Som do Céu

por Jorge Camargo (texto publicado na 1° edição da Revista da Tchurma – ano 1997)

“Esse canto atravessou os séculos e chegou aos nossos ouvidos...”

Som do Céu... que som seria esse? Nunca estive lá na glória, mas o que sei por certo é que o Som do Céu é som de Deus. “... de repente veio do céu um som – Atos 2:2”. Este som, que enche a casa e a vida dos que nela se encontram, é o som da unidade, a antítese da Babel (confusão em que ninguém se entende), o som que sonoriza a ante-sala do paraíso, a qual se transforma em qualquer lugar, quando, através do amor, todos passam a falar a mesma língua. É também um som que ecoa dos “alegres campos de livramento”, que cercam a alma do salmista (Salmo 32:7). Ou pode ser até mesmo o som silencioso das estrelas, proclamando incessantemente a glória de Deus (salmo 19:1). Sei, contudo, que esse Som do Céu, além de ser de Deus, pode ser muito bem o som da gente. “E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor... (Salmo 40:3)”. O som vem do Alto, mas alguém aqui embaixo, um menino-poeta-músico-pastor; que se tornou um rei foi, entre outros, que encantou. E esse canto atravessou os séculos e chegou aos nossos ouvidos e eu e você também cantamos.

Há por fim um último Som do Céu. É o som do acampamento de páscoa da MPC. Fruto da visão de gente que sonha os sonhos de Deus (Janires, Marcelo Gualberto, entre outros), esse evento tem me abençoado nos últimos sete anos. Os grupos musicais, as mensagens, as palavras de carinho, o incentivo de muitos, a oração de todos, o circo, a chuva, a maravilhosa comida nos restaurantes chão de terra batida lá da Vilinha de Macacos, enfim, cada detalhe, cada momento, cada abraço, cada voz, cor e som... Tudo me faz lembrar o Céu que ainda não conheço, mas do qual morro de saudades; as mansões que não mereço, mas que Jesus, há quase dois mil anos, tem preparado pra mim e para todos os que crêem.
Se você já participou de ao menos um Som do Céu, sabe do que estou falando.

Se não participou, arrume um jeitinho de participar. É só vir, fechar os olhos (se achar necessário), abrir o coração (isso sim é imprescindível!)... e ouvir.

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